ISLÂNDIA, dirigindo em fevereiro
Sempre estamos viajando, preferencialmente dirigindo pelas
estradas do mundo. Diante das nossas experiências, decidimos publicá-las para
dar dicas e conselhos para quem quer se aventurar.
Não precisamos expor na introdução o porquê de escolhermos Islândia
como roteiro: todos sempre dizem que é um local dos sonhos.
Decidimos ir no inverno em fevereiro, e dirigindo, o que nos
fez escolher um roteiro cuidadoso, pois sabemos que a Islândia possui um clima
muito instável, por vezes, com tempestade de neve bloqueando a estrada, assim
como muitos locais ao norte, encontram-se fechados ou bloqueados, durante o
inverno.
Iniciamos a programação escolhendo as roupas para levarmos,
o que incluiu 4 camadas de roupas, das quais depois faremos um roteiro de orientação,
onde a última sempre deve ser impermeável, para bloquear o vento: tanto a camisa, quanto a calça. É interessante
também você adquirir grampos para suas botas impermeáveis, porque em algumas caminhadas,
tendo gelo no chão, evitam que você deslize e caia.
Alugamos um carro 4x4, com cravos nos pneus, na GO CAR
RENTAL, onde vimos um valor compatível com os nossos bolsos, e optamos pelo
seguro total visto que pelo clima de lá ser imprevisível, torna-se sujeito a
eventos como rajadas de areia danificando a pintura, etc. Eles só não cobrem os
amassados nas portas, devido as rajadas de vento, ao abri-las. O seguro total
dá direito a um aparelho de wi-fi onde você tem internet de excelente
qualidade, mesmo nos locais mais remotos. Não precisa então nesse caso, nem você
comprar chip internacional, nem utilizar a internet do seu celular. Também incluímos
no aluguel duas cadeiras para observação da aurora
boreal...
Em relação ao dinheiro, levamos o cartão NOMAD, que foi
aceito em todos os lugares da Islândia, e ainda, por segurança, com ele,
sacamos em uma ATM no aeroporto da Islândia, Keflavik, dinheiro em espécie. Caso
você ainda não tenha o cartão NOMAD, abra uma conta e use o meu código de
convidado L553DKLDPG e ao abrir sua
conta ganhe até US$20 de cashback na primeira conversão para dólares pelo APP.
Com isso, você ajuda o nosso blog e ao mesmo tempo, obtém o benefício.
Visto isso, traçamos nosso roteiro seguindo o anel viário do
Sul, onde estão as atrações mais famosas e você corre menor risco de ter bloqueios
em estradas durante o inverno. Devido à baixa incidência de luz solar nessa
época, não aconselhamos rotas longas, maiores que 3 a 4 horas por dia. A velocidade
máxima de lá é 90 km/h em alguns trechos fora das cidades. E se você beber, não
dirija. Outra dica é que instale o APP SafeTravel, que é destinado para
orientar as condições da estrada que você irá dirigir em tempo real e sempre o
consulte antes de sair dirigindo pois lhe estimará as condições de segurança.
Também instalamos o APP PARKA, pois várias atrações não são pagas,
mas você tem que pagar o estacionamento. Daí ele lhe dá a praticidade de você já
pagar o estacionamento, que terá a validade de 24 horas, e depois não terá o
susto de se deparar com cobranças com juros e taxas administrativas, quando for
devolver o carro, pois os estacionamentos são filmados e fotografados.
Para monitorizar a nossa Aurora Boreal, instalamos os APP
Aurora e Hello Aurora, apesar de que mesmo com ajuda deles, vimos a aurora em
momentos surpreendentes, pois é um fenômeno natural, que eu até diria ser
imprevisível, pois temos que estar longe da poluição luminosa da cidade, sem
nuvens, pacientes e dispostos a esperarmos os seus melhores momentos, quando
recobre o céu e faz suas danças, movimentos de serpentes, colorindo o céu em
verde e as vezes, com outras cores. O horário em que visualizamos, se situou
entre 22 horas e 23:30 horas, lá na Islândia. Mas ela pode aparecer em horários
variáveis. Os caçadores de aurora têm que ter paciência, persistência, curtir a
natureza e aguentar o frio, sempre felizes e gratos por cada espetáculo que
lhes é oferecido.
O nosso roteiro então foram as seguintes cidades: Keflavik, Reykjavik,
Selfoss, Skógar, Pjóõvegur, Hofn, Skógar, Reykjavik.
A cidade de Keflavik é onde se situa o aeroporto internacional, que está a cerca de 50 km de Reykjavik. Se você chegar a noite, principalmente no inverno, é preferível que você descanse em algum hotel, inclusive tem alguns muito próximos ao aeroporto, e pegue seu carro no dia seguinte. Existe a forma de você fazer seu check-in da locadora self service e pegar seu carro, mas achei que não iriamos encarar procurar carro em pátio descampado, naquele frio. Fora isso, achamos que não seria seguro dirigirmos 50 km a noite, em estrada desconhecida e clima imprevisível até Reykjavik.
No dia seguinte, após pegarmos o carro, fomos rumo a Reykjavik, porém paramos no caminho no Blue Lagoon. Compramos o ingresso com antecedência e horário, para não corrermos riscos pois eles limitam a quantidade de pessoas. Apesar de muito caro, valeu cada centavo: o ingresso dá direito ao banho em aguas geotermais, a cor de lá realmente é um azul claro, lindo. Fora isso temos direito a armário, toalhas, creme para o rosto, que é tipo uma lama, acesso a todo balneário, e no final para o meu deleite e relax, um drink, onde optei por uma garrafinha de vinho tinto que foi saboreado, gole a gole, enfim, perfeito. Só tive um problema: após o banho, descobri que não havia pente na minha bolsa. De qualquer modo, usei o shampoo e o condicionador e secador de lá sem desembaraçar com o pente, mas os produtos são tão bons, que meu cabelo ficou maravilhoso, para minha surpresa. Em vista disso, mesmo sendo caro, comprei esse shampoo e condicionador Blue Lagoon! Prosseguimos então a Reykjavik onde fomos a um evento musical com cantores islandeses no Harpa e depois fomos em um local proximo ao farol de Reykjavik, Gróttuviti, tivemos a sorte de vermos a Aurora. Não era aquela aurora forte, mas dava para inclusive fotografarmos com o celular no modo noturno e dar aquele gostinho de sorte de primeira noite!
No segundo dia prosseguimos para o parque Thingvellir que possui várias trilhas, sinalizadas, onde você pode ir até a Fissura Silfra, que separa as placas tectônicas da América do Norte e Eurásia. Independentemente de onde você caminhe é bonito. O ingresso é o estacionamento, mil Coroas islandesas, para carro até 5 pessoas.
Prosseguimos até Laugarvatn Fontana onde tem uma padaria que produz pães embaixo da terra aquecidos durante 24 horas com as águas geotermais. Você pode pagar para ver a explicação e provar desse pão que é uma delícia. Aconselho comprar agendando com antecedência pois tem horário. Fora isso, eles possuem uma piscina de água geotermal. Descemos pra Selfoss passando por Kerid que é uma bela cratera, onde você paga entrada e pode caminhar, fotografar tanto por cima como ao nível de um lago congelado no fundo da cratera.
Quarto dia, iniciamos com Reynosfjara que é uma bela praia
com formação basáltica e areias escuras. Naquele dia havia fortes rajadas de
vento, tínhamos que nos segurar um ao outro para não sermos levados. Óculos, e
muito cuidado por conta das tempestades de areia. Prosseguimos com
Fjaorárgljúfur, um cânion onde se pode andar com vistas maravilhosas e
Fjallsárlón, um lago com geleiras menor do que o famoso Jokulsárlón, porém tão
belo quanto, onde valeu a pena ter ido. Fomos dormir em Pjóõvegur, nublado, não
vimos aurora.
Depois prosseguimos caminho a Hofn, porém fomos um pouco
além para conhecermos o cenário de Aldeia Viking e avistar belas paisagens das
montanhas Vestrahorn. Paga-se numa pequena lanchonete para ter acesso. Na
realidade vejo que é algo controvertido, malconservado, a ponto de eles não aconselharem
e se responsabilizarem de se entrar em qualquer edificação, pois nos dá a sensação
de que pode cair a qualquer hora. Mas para turista, tudo pode valer...
No dia seguinte fomos ao museu Perlan, maravilhoso. Vale você
ficar várias horas explorando, vendo os filmes, documentários e o filme no
observatório, da aurora boreal que vimos duas vezes. Emocionante. Não se pode
ir a Reykjavik e deixar de ir ao Perlan!
Toda essa trajetória mágica e especial nos fez ter a certeza
de que valeram as horas que passamos dentro de aviões, o dinheiro que gastamos,
pois, a Islândia é um destino caro e mágico, mais a certeza da gratidão que
sentimos que está dentro dos islandeses, por cada dia que deve ser admirado, comemorado
e sobretudo vivido de forma plena!
Vocês são feitos um pro outro. Aventureiros e corajosos. Amei a ideia do blog, ficou maravilhoso!
ResponderExcluirMuito obrigada! Os comentários nos estimulam a produzir outras experiências no futuro!
ExcluirTia! Amei o blog, você escreve muito bem! É meu sonho viajar para Islândia e vocês fizeram tudo q penso em fazer e mais um pouco! Que lindeza!
ResponderExcluirQue legal, Manu! Pretendemos algum dia fazer o roteiro de todo anel viário da Islândia. Quem sabe? Podemos ver se fazemos juntos!
ExcluirGostei:
ResponderExcluirAguardo próxima viagem!
Obrigada! Brevemente teremos um bate e volta no RJ!
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